terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ser ou não ser, já não é mais a questão!

Ser ou não ser já não é mais a questão em muitas coisas, estar ou não, isso sim é relevante em algumas situações...
...parece confuso mas não é.
Veja bem, ser amigo de alguém não é o problema, mas estar disposto a aguentar suas loucuras e seus defeitos, isso sim é o que realmente importa. Se estas loucuras e defeitos forem menores que o seu amor, tudo bem, mas se estrapolarem seus limites, faça como eu - tire a pessoa da sua vida.
Veja bem, ser um profissional de uma determinada área não é difícil, difícil é estar apto para atuar nesta área com amor e dedicação; é estar desenvolvendo seu trabalho como um hobby, por gosto, porque se for apenas trabalho, toma os ares depreciativos que a palavra "trabalho" carrega.
E tem mais - para decidir que "ser" já não é mais a questão, e que "estar" é o que realmente importa, é preciso muito tombo, muita decepção, muito, mas muito equivoco. Sim, já me equivoquei muito, já caí muito e também já me arrependi muito, e tudo para chegar a conclusão que ser  ou não ser, já não é mais a questão.
Trabalhar anos como locutora de rádio e mudar de profissão, é uma prova de que ser locutora já não era o que importava, descobri que estar de folga nos finais de semana e feriados, estar com a minha família por mais tempo, estar aproveitando a vida com todo o tempo livre que se deve ter é o que realmente importa.
Estar trabalhando na área para a qual me preparei e estudei para atuar, para mim hoje é importante, afinal gastei dinheiro e tempo para estar aonde estou hoje.
Tirar da minha vida algumas pessoas que me eram importantes, foi sofrido, mas eu já não estava disposta a aguentar determinada situações, foi difícil, mas eu consegui me afastar destas pessoas daninhas.
Estar tanto tempo longe de casa (da minha casa em Curitiba), acompanhando a reforma da minha casa de praia, me fez perceber que a vida é como a casa da gente - devemos murar, colocar um portão e um cadeado, que só deve ser aberto para quem você esta disposto a convidar para entrar, é ou não é?
Estou num momento de transição, de mudanças, e tenho que admitir, tudo isso já vinha se desenhando há muito tempo - as escolhas, as atitudes, as decisões.
Muita gente me pergunta se me arrependo de  ter mudado de profissão, ou se sinto saudades de fulanas ou beltranos.
Eu respondo que a gente só se arrepende do não fez, eu não poderia chegar aos 50 anos com a sensação de não ter feito nada, ou de ter provado o mais do mesmo sempre, eu precisava experimentear novas cores e tons, afinal só não muda de caminho quem não tem para onde ir - é o que eu penso, é a minha verdade.
Quanto as fulanas ou beltranos, só lamento que as pessoas as vezes não percebem quem realmente somos, e acabam se equivocando umas com as outras e com suas atitudes e palavras, se não fazem mais parte da minha vida, das minhas lágrimas e dos meus sorrisos, é porque não faz sentido se dizer amigo ou amiga, de alguém que nunca realmente conseguiu ser, e por isso não pode estar comigo hoje.
Por isso afirmo que ser ou não ser, já não é mais a questão porque eu não apenas sou feliz - eu estou feliz, eu não apenas sou realizada - eu estou realizada.
Eu sou o que sempre fui e tenho que admitir que neste caso ser ainda importa, e muito, mas além de ser,  eu estou mais Ana e mais Carolina do que nunca.

That is it babies!
Beijo e até mais,
Carol